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A Garota da Biblioteca

Quando notei que "O Diário Secreto de Lizzie Bennet" ganhou uma continuação, imediatamente coloquei o novo título na minha lista de desejos. Afinal, sendo uma fã da obra de Jane Austen, eu não deixaria essa oportunidade de lado. Tudo isso mesmo o foco sendo uma personagem que, até então, me dava náusea mesmo por uma simples menção.



Sinopse:
Continuação de O diário secreto de Lizzie Bennet, a adaptação moderna de Orgulho e preconceito Baseado na premiada série de web The Lizzie Bennet Diaries — uma adaptação moderna e transmídia de Orgulho e preconceito —, este livro é estrelado por Lydia, a espevitada irmã de Lizzie, conforme ela encara as alegrias e os tropeços no caminho de se tornar adulta na era digital. Antes de Lizzie começar seu popular vlog, Lydia era apenas uma garota normal tramando maneiras de matar aula e criar a identidade falsa perfeita para entrar nas baladas. Talvez ela não tivesse muito foco, mas amava sua família e se divertia para valer. Até que o vlog de Lizzie transformou as irmãs Bennet em sensações da internet, e Lydia adorou virar o centro das atenções, conforme as pessoas assistiam, debatiam, postavam no Twitter, no Tumblr e em blogs sobre a vida dela. Mas então Lydia aprendeu que nem toda atenção é positiva... Depois que seu ex-namorado, George Wickham, aproveitou a fama recém¬adquirida de Lydia, traiu sua confiança e destruiu sua reputação, ela não é mais uma garota ingênua e despreocupada. Agora, Lydia terá de batalhar para reconquistar a confiança e o respeito de sua família e encontrar seu lugar no mundo. Narrado na voz inconfundível e cativante de Lydia, este livro começa exatamente no ponto em que O diário secreto de Lizzie Bennet parou e oferece uma nova abordagem a Orgulho e Preconceito. Apresentando reviravoltas originais, novos personagens incríveis e textos hilariantes, As épicas aventuras de Lydia Bennet leva o leitor para dentro da vida de nossas irmãs favoritas, de um jeito que certamente vai agradar quem já é fã da série — e de Jane Austen de modo geral — e encantar novos leitores.

O Livro:


Se o imaginário popular tem Lydia Bennet como uma garota mimada e absolutamente insuportável, a adaptação moderna do universo de Jane Austen trata de dar a personagem um pouco mais de espaço. Isso significa dar mais atenção aos desdobramentos dos problemas que a presença de Wickham causou em sua vida. Se em "Orgulho e Preconceito" ela sequer sofreu qualquer espécie de incerteza e mal se deu conta do que arriscou, em "As Épicas Aventuras de Lydia Bennet" a situação é outra. A ideia é menos ingenuidade e mais maturidade já que os atos de seu ex-namorado acabaram por lhe trazer consequências duradouras e também públicas. Na obra original de Austen, a situação foi consertada por Darcy sem grandes problemas, mas não é o caso aqui. Todos ficaram sabendo do que aconteceu, e sua exposição - ainda que não chegasse ao cúmulo - tornou sua situação pública. 

Neste livro ela pensa no que aconteceu, na forma como Wickham traiu sua confiança da pior maneira possível e no quanto ela quer e precisa amadurecer, seja para reconquistar a confiança de sua família quanto por si mesma. Sua voz narrativa evoluindo a medida que encontra os obstáculos e planeja novos passos, esbarrando em velhos hábitos e comportamentos, seguindo aos trancos e barrancos, mas sempre com o desejo de evoluir e conquistar seu caminho. (Não, não chega a ser um spoiler, minha gente).

Avaliação


Narrado em 1ª pessoa, tal como o "Diário Secreto de Lydia Bennet, o livro é leve, fluído e bem escrito, sendo capaz de proporcionar uma nova faceta de uma personagem que até então estava no meu Top 5 pessoal de "mais odiados de todos os tempos". Isso tornou a história uma surpresa bastante agradável. Talvez a Lydia escrita por Austen não tivesse chance de mostrar alguma evolução, mas o mesmo não acontece em sua versão atual.

Claro, devo dizer que o livro também não chega a ser perfeito. Esperei um pouco mais no seu desenvolvimento com relação aos acontecimentos descritos (a viagem para Nova York, caso prefira que eu seja mais específica), e sua relação com personagens importantes surgidos dessas ocasiões. Em alguns momentos senti como se algumas peças do quebra-cabeças não se encaixassem da forma como deveriam, a sensação de que alguns detalhes ficaram para trás - ainda que não fossem vitais para o desenvolvimento da história. Foi algo estranho, mas nada que atrapalhasse a leitura.  

O resultado? Quatro corujinhas fofas e a conclusão de que posso olhar para Lydia Bennet com um pouco mais de carinho afinal.


Um dos meus assuntos preferidos para leitura nos últimos tempos com certeza é a Coréia do Norte. Por isso mesmo me senti sortuda ao descobrir esse livro. Ele prometia matar uma curiosidade que eu já nutria há algum tempo e isso me fez criar muitas expectativas. O problema? A expectativa é a mãe da decepção, e o resultado não foi diferente.


Sinopse:
Em inusitada viagem à Coreia do Norte, o escritor José Luís Peixoto descobre as principais cidades e atrações do país em meio aos cânticos, estátuas e obeliscos do regime mais fechado do mundo. Em 2012, o governo norte-coreano realizou grandes celebrações pelo centenário do falecido ditador Kim Il-sung, pai do regime comunista que controla o país desde 1948. Nessa ocasião excepcional, um grupo de turistas ocidentais obteve autorização para viajar durante duas semanas num roteiro que incluiu a capital, Pyongyang, e diversos lugares raramente visitados por estrangeiros. A possibilidade de conhecer a vida cotidiana dos norte-coreanos estimulou uma antiga curiosidade do escritor português José Luís Peixoto. Radicalmente contrário a qualquer governo ditatorial, Peixoto mesmo assim embarcou na excursão, pomposamente batizada The Kim Il-sung 100th Birthday Ultimate Mega Tour, para ver e sentir de perto esse país banido do convívio internacional por sua insistência em fabricar armas nucleares. O resultado de suas experiências como turista na Coreia do Norte é este livro híbrido de relato de viagem e realismo mágico. Imerso no alucinatório culto à personalidade que domina todos os aspectos da cultura norte-coreana, Peixoto viajou pelo país sob a vigilância sorridente dos guias e dos retratos oficiais. Um clima de pesadelo, que contrasta com o discurso triunfalista das autoridades, é o pano de fundo deste percurso fantástico pela distopia inventada por uma caricata dinastia de tiranos.

O livro


Narrado em 1º pessoa, temos aqui algo que pode ser considerado algo parecido com um relato normal de viagens. O atrativo, é claro, fica por conta do fato de não estarmos falando em um lugar comum, mas sim um dos países mais fechados do mundo. Isso significa que tudo - ou praticamente tudo - que diga respeito a sua estadia diz respeito a uma percepção absolutamente filtrada e dependente do olhar hiper vigilante de outras pessoas: por onde anda, o que você vê, come, fala e ouve. Uma experiência de redoma, por assim dizer, com muitas regras a seguir em troca daquilo que se considera um privilégio e na qual as menores coisas podem significar infrações, e isso vem desde o início:


O papel da alfândega tinha uma lista de artigos proibidos. Se levasse algum na bagagem, devia assinalá-lo com uma cruz. Esse era o caso das armas, munições ou explosivos, mas também dos aparelhos de navegação e GPS, dos telemóveis e de qualquer meio de comunicação; não se podia levar drogas, narcóticos e venenos, mas também era interdito levar obras históricas, culturais e artísticas. Não era permitido entrar no país com qualquer tipo de material impresso.

A partir daí temos acesso a visão do autor a respeito da sua estadia, das coisas que viu e experimentou, da visão filtrada, do culto ao Grande Líder e as idiossincrasias das proibições e vigilância do regime. Além disso, também oferece vislumbres de miudezas cotidianas. Aliás, ele passa muito tempo falando na miudeza das miudezas, o que torna muitas vezes a leitura algo muito arrastada.

Avaliação


Bom, eu mencionei que a expectativa é a mãe da decepção, não é? Então está na hora de explicar a razão desse comentário: nesse meio tempo li diversos livros a respeito da Coréia do Norte, e cada um deles trouxe uma informação nova. O problema é que "Dentro do Segredo" não me ofereceu praticamente nada, salvo algumas curiosidades aqui e ali. A leitura não teve nenhum significado pra mim, talvez um efeito esperado depois de ter passado por outros livros sobre o lugar. 

No fim, o que mais me marcou a respeito do livro foi a persistência necessária para encerrá-lo, já que a leitura foi bastante arrastada. Era promissor, mas tudo foi muito concentrado nos atos dele, muito no relato da miudeza das miudezas e em divagações broxantes desanimadoras. Eu poderia ter abandonado a leitura? Claro, mas não o fiz pois demorei para conseguir o livro. Não queria desperdiçar esse tempo e esforço.

Talvez seja uma boa leitura para quem está começando a se interessar pelo assunto, mas provavelmente não é uma boa para quem se interessa por algo mais. Duas corujinhas e olhe lá.


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Amor pelos livros, admiração pela cultura inútil e tendências ao burnout.

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