Resenha: Um Perfeito Cavalheiro, de Julia Quinn

by - terça-feira, fevereiro 18, 2014

Quem acompanha esse espaço já deve ter percebido que estou bastante ligada na série "Os Bridgertons", escrita por Julia Quinn. São romances de época que acompanham os relacionamentos dos irmãos da família Bridgertons (oito ao todo), com uma pitada de graça e algum erotismo - incrivelmente leve tendo em vista o que anda fazendo sucesso no momento. O livro mais recente dessa série no Brasil é "Um Perfeito Cavalheiro", terceiro volume da coleção, e que nada mais é que uma releitura de Cinderella. Confira:


Um Perfeito Cavalheiro
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro - 304 páginas.
Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse é um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, ela consegue entrar às escondidas no baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhce o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres. O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois, Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo.

Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível. Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. Nesta deliciosa releitura de Cinderela, Julia Quinn comprova mais uma vez seu talento como escritora romântica.

Gostei tanto dos dois livros anteriores que me esforcei para conseguir o livro o mais rápido possível. Queria mais da sensação leve que tive ao lê-los. Quando o li me deparei com uma obra interessante, mas não superior às duas primeiras. Aliás, eu diria que, se fosse fazer um ranking deles até o momento, colocaria "O Visconde que me amava" em primeiro e "O Duque e Eu" em segundo.

Isso não quer dizer que o livro seja ruim, mas apenas que ele não me despertou da mesma forma. Ele tinha mais toques de drama, e a parte que normalmente seria engraçada estava mais voltada para uma ironia mais fina, mais agressiva e não tão pastelão quanto nos livros anteriores, afinal uma releitura de Cinderela meio pastelão realmente não ficaria muito bom.

De qualquer maneira, vale a leitura. O que falta em comédia, sobra em romance e sentimento. E três corujas na classificação, porque em comparação aos outros, a estrela desse realmente não é lá essas coisas.

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