Ler um arquivo em PDF em um e-reader normalmente não é um sinônimo de boa leitura. Quem já teve essa oportunidade sabe o que estou falando: letras pequenas, necessidade de zoom, pouquíssima chance de customização do texto a ser lido. Em suma: é um pesadelo para um leitor que tenha a tecnologia como seu principal modo de leitura. Mas eu fiz... e não sei se me arrependo ou não.
O livro escolhido foi "O Filme Perfeito" de Jodi Picoult. E até agora não sei bem o que dizer.
O Filme Perfeito
Autor(a): Jodi Picoult
Editora: Planeta do Brasil - 360 páginas
"A antropóloga Cassie Barrett é uma mulher feliz quando se casa com o talentoso, rico e charmoso ator Alex Rivers. É definitivamente o casamento dos sonhos, um filme perfeito aos olhos da apaixonada esposa. Porém o passado de Alex o atormenta, tornando-o agressivo e violento, direcionando a Cassie toda a sua ira. Assim que ela descobre que está grávida, contra a vontade de seu marido, precisa encontrar um modo de proteger a criança que espera antes que seja tarde demais. Dividida entre o medo e a lembrança do amor, Cassie precisa resolver questões que nunca imaginou enfrentar - Como poderia partir? Mas, por outro lado, como poderia ficar?"
Então, voltando ao assunto: eu li esse livro em um PDF maroto. Não é o meu método preferido, mas ver que se tratava de um livro da Jodi Picoult foi o que me atraiu o bastante para o sacrifício, já que eu gostei muito de "A guardiã da minha irmã". Portanto não posso dizer nada a respeito da procedência de sua tradução, e nem da organização. Talvez isso tenha atrapalhado bastante minha leitura já que consegui ter bons momentos de confusão.
A obra adota a narrativa em 3º pessoa e varia entre os personagens Cassie e Will (que não está na sinopse, porém aparece mais tarde
A escrita da autora é boa, o bastante para levar a história em frente, mas fiquei perdida durante a história pela falta de sentido de alguns personagens. Soou como se a autora tivesse tirado algo da cartola e colocado em prática para viabilizar ideias que talvez lhe soassem truncadas. Pelo menos para mim essa foi a impressão que tive de Will e de tudo que lhe dizia respeito. O livro me soaria bem melhor se a trama se concentrasse apenas em Cassie e em Alex. Will parecia alheio ao que estava sendo contado, como se estivesse em outro livro e de repente se visse em uma história totalmente diferente. E isso porque ele foi alçado a um papel de quase protagonista, mesmo sem ser citado na sinopse.
A trama, fora do que diz respeito ao Will, é interessante. Literariamente falando pelo menos, o assunto é sempre interessante de ser discutido, ainda mais quando um dos envolvidos é uma pessoa importante. Ou seja: um prato cheio para qualquer autor que se disponha a explorar, mas claro que há formas... e formas de se fazer isso.
A história flui, o que não quer dizer exatamente que seja boa. É uma boa para quem quer limpar a mente e se distrair com algo. É um livro que envolve, mas ao mesmo tempo é completamente dispensável. Não posso dizer que me arrependo de ter lido, mas certamente não foi uma das minhas melhores escolhas de 2014.
Duas corujas e olhe lá.
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