Mais uma vez, em uma tentativa de ser linear a respeito do que leio e escrevo, eis que vou tentar falar da minha última leitura: A Casa das Orquídeas, de Lucinda Riley.
A Casa das Orquídeas
Lucinda Riley - 560 páginas
Editora Novo Conceito
Quando criança, a pianista Júlia Forrester passava seu tempo na estufa da propriedade de Wharton Park, onde flores exóticas cultivadas pelo seu avô nasciam e morriam com as estações. Agora, recuperando-se de uma tragédia na família, ela busca mais uma vez o conforto de Wharton Park, recém-herdada por Kit Crawford, um homem carismático que também tem uma história triste. No entanto, quando um antigo diário é encontrado durante uma reforma, os dois procuram a avó de Júlia para descobrirem a verdade sobre o romance que destruiu o futuro de Wharton Park... E, assim, Júlia é levada de volta no tempo, para o mundo de Olívia e Harry Crawford, um jovem casal separado cruelmente pela Segunda Guerra Mundial, cujo frágil casamento estava destinado a afetar a felicidade de muitas gerações, inclusive da de Júlia.
Devo destacar algo importante a respeito desta autora para que talvez me compreenda melhor nesta resenha: este é o segundo livro que leio de Lucinda Riley e, assim como da primeira vez, fiquei com a sensação de que depois deste livro, precisaria de algo mais sério (ou mais real) para digerir e seguir em frente com as minhas leituras.
Por qual razão? Bom, pelo menos em “A Casa das Orquídeas” e “A Luz Através da Janela” Lucinda Riley é puro romanção dramático. Daqueles dignos de choro, reviravoltas, e mais choro… e mais reviravoltas. Isso é ruim? Não. É bem interessante para quem tem a paciência com o gênero. Como eu tenho paciência com novelas, por que afinal não teria paciência com um livro nesse estilo?
“A Casa das Orquídeas” se baseia sobretudo em dramas, tragédias pessoais e amores perdidos. Alguns em maior ou menor proporção, alguns dramas excessivamente “dramáticos” e outros perfeitamente plausíveis. Também se baseia nas reviravoltas que a vida dá (e olha que são várias), além ainda da expectativa de um final feliz. (não, não é spoiler. É tanta merda que já aconteceu ou ainda está acontecendo que não tem muito pra onde piorar no final então o jeito é esperar o melhor.)
O livro varia entre a narrativa em 3º e a 1º pessoa na voz de Júlia Forrester, protagonista da história. Os personagens então entre tediosos, chatos, malas sem alça, imbecis e pessoas legais. Praticamente todas elas com um belo de um quinhão de sofrimento pra contar.
Já a escrita da autora é simples e o leitor não tem qualquer dificuldade em acompanhar a história. Talvez a respeito do nome dos personagens vez ou outra mas isso pouco incomoda na prática. Por vezes, o livro me lembrou fanfics do mesmo estilo “tragédias e reviravoltas” e de nível de escrita mediano, de autores que estão começando a se expressar melhor, porém por mais ideias interessantes que tenham, ainda esbarram na simplicidade excessiva e quase escolar de seu texto. O que não significa necessariamente ser mal escrito. Quando a ideia é falar de literatura, os conceitos de mal e bem escritos são bastante dúbios e mais ligados a gosto pessoal que a algum critério mais justo. Minha classificação nele do Skoob (3 estrelinhas) se deu mais pela história em si (ainda que reviravoltante demais para mim) do que por algo acima disso, pois manteve meu interesse.
Enfim, se você gosta de romance, tem paciência pra drama, acredita no amor e quer algo para se distrair e no qual não precise estar muito ligado para acompanhar, A Casa das Orquídeas é uma boa pedida.
0 comentários
Não se acanhe e deixe seu comentário.
Mas não aceito comentários esdrúxulos, ofensivos, com erros, preconceituosos... Ahh, você me entendeu.