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A Garota da Biblioteca

Sabe aquele livro que promete, promete, até que começa bem e depois descamba? Aquele com fórmulas batidas e com um romance complicado que não convence? Então. É esse.

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Sinopse:

Britt Pfeiffer passou meses se preparando para uma trilha na Cordilheira Teton, um lugar cheio de mistérios. Antes mesmo de chegar à cabana nas montanhas, ela e a melhor amiga, Korbie, enfrentam uma nevasca avassaladora e são obrigadas a abandonar o carro e procurar ajuda. As duas acabam sendo acolhidas por dois homens atraentes e imaginam que estão em segurança.

Os homens, porém, são criminosos foragidos e as fazem reféns. Para sobreviver, Britt precisará enfrentar o frio e a neve para guiar os sequestradores para fora das montanhas. Durante a arriscada jornada em meio à natureza selvagem, um homem se mostra mais um aliado do que um inimigo, e Britt acaba se deixando envolver. Será que ela pode confiar nele? Sua vida dependerá dessa resposta.


O livro

Korbie, melhor amiga de Britt, tem uma casa nas montanhas. Existem trilhas emocionantes cruzando o vilarejo onde fica a casa e por isso Britt se preparou para caminhar por elas, junto da melhor amiga. É uma forma de esquecer o ex-namorado, que tanto amou e que no fim terminou o relacionamento.

Já de cara é possível perceber que, por mais amigas que sejam, existe uma competição idiota entre as duas. Isso é algo que me incomoda bastante, porque costuma aparecer em livros com certa frequência, onde duas jovens ou duas mulheres, acabam competindo uma com a outra pelo KCT que for. Aqui não foi diferente. Elas são amigas, quase irmãs, mas Korbie que é rica, tem casa nas montanhas e beleza, vive fazendo listinha se comparando com a "melhor amiga". AHAM

Enquanto estão subindo as montanhas a nevasca cai com uma violência digna de O Dia Depois de Amanhã. Para não morrerem congeladas dentro do carro, elas saem no meio da nevasca e encontram um chalé que aparenta ter movimento. Depois de implorarem para entrar, Britt dá de cara com um rapaz que a ajudara mais cedo no posto de gasolina. Ele entrou na onda da brincadeira de Britt quando ela encontrou o ex-namorado, por quem ainda molhava a calcinha e apontou para o primeiro rapaz aleatório que viu. Era esse sujeito, que se apresentou como Mason. Que coisa os dois se encontrando de novo, neam??

Os capítulos se alternam entre passado e presente, com Britt ainda pensando no ex-, que é uma mala, enquanto ela pega como refém por Mason e seu comparsa Shaun, que é um babaca. Eles querem que ela os leve pelas trilhas, evitando os postos da polícia e alegam que a deixarão partir assim que for possível, enquanto Korbie ficou no chalé.


Avaliação

O livro tem vários problemas. Além do romance mela-cueca de Britt sonhando com o ex-, Britt olhando diferente pra Mason, Britt se apaixonando por Mason, Britt é a perfeita Mary Sue. Uma adolescente que consegue sobreviver numa floresta, no meio de dois bandidos e que consegue identificar o caminho em meio à uma nevasca e que ainda sente um tesão por um dos sequestradores. Britt manja de tudo muito rápido, não dá mancadas, e se recupera super bem de ver um cara tomar um tiro na cabeça para no dia seguinte estar em baixo das cobertas com Mason.

O leitor é levado a acreditar em muitas coisas durante a leitura, mas percebi que o livro ficou sem consistência perto do final. A autora praticamente implica a amiga de Britt numa série de crimes que vinha acontecendo nas montanhas, mas o assunto desaparece e nunca mais é mencionado. Ué?? Faltou revisão?

Depois disso, ainda temos um capítulo imenso e arrastado, onde fiz leitura dinâmica, que é sobre Britt e seu rumo na vida, se ela vai ver Mason de novo, blá, blá, blá. Fórmula batida.

Duas corujas para esse desperdício de papel e e-ink.

No embalo das leituras e em meio a um projeto de ressaca literária surgindo na minha vida, resolvi colocar na minha lista de leituras um livro de não-ficção. É o tipo de coisa que 'limpa minha mente' e foi aí que entrou o livro "A Arte de Pedir". O resultado? Mixed feelings...

Sim, eu dei um spoiler da minha opinião, mas espero que você se interesse em entender meus motivos.

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Cantora e compositora, ícone indie, feminista, mulher de Neil Gaiman, agitadora e mobilizadora de multidões online: Amanda Palmer é um retrato perfeito da boa conexão entre o artista e seu público.

Após desligar-se de sua gravadora, Amanda recorreu ao então recém-lançado Kickstarter, site de financiamento coletivo, para conclamar os fãs a colaborar financeiramente para a produção do próximo álbum de sua banda. O projeto arrecadou mais de 1 milhão de dólares, recorde que chamou atenção tanto da imprensa como da indústria fonográfica. Desse episódio surgiu o convite para uma celebrada palestra nos TED Talks. O tema: saber pedir.

Desdobramento inevitável da palestra homônima, o livro A arte de pedir trata essencialmente de recorrer ao outro, sem temor, sem vergonha e sem reservas. Por que não pedimos ajuda, dinheiro, amor, com a mesma naturalidade com que pedimos uma cadeira vazia num restaurante ou uma caneta, na rua, para fazer uma anotação? Pedir é digno e necessário, e é a conexão entre quem dá e quem recebe que enriquece a vida humana, defende Amanda. Longe de ser um manual sobre como pedir, o livro é uma provocação bem-vinda e urgente, que incita o leitor a superar seus medos e admitir o valor de precisar e doar ajuda, sempre.

Antes de mais nada, devo dizer que tenho problemas com a ideia de 'pedir'. Normalmente sou a pessoa extremamente empática que se oferece para ajudar, mas acaba fazendo o papel de trouxa, tão conhecido como meme nos últimos meses. Pedir ajuda é um problema porque, dependendo do assunto, é mais fácil eu esgotar todas as alternativas para resolver o assunto sozinha. E se eu preciso pedir quase sempre faço isso com algum constrangimento. Então o livro me parecia uma boa opção nesse sentido.

E foi. As histórias de Amanda trabalhando como estátua viva são um bom exemplo disso e dão uma boa amostra do significado de 'generosidade'. As histórias pessoais de Amanda com o marido também são significativas, em dar amostras de partilha através dos pequenos gestos. (Sim, eu gosto disso e sempre gostei desse tipo de relato). Então só de encontrar esse tipo de história, já foi o suficiente para ter um quentinho no coração e isso é inquestionável. Mas eu mencionei o mixed feelings, não foi?

Meu problema com o livro teve a ver com o formato. Por diversos momentos senti que ela batia sempre no mesmo ponto, enrolava sempre nas mesmas histórias e similaridades, o que fez a obra ficar super arrastada em diversos momentos. Eu lia várias páginas e tinha a sensação de não conseguir sair do lugar. Mesmo uma boa história pode ficar enjoativa se for esticada demais e isso aconteceu com frequência após a metade do livro. E quase desanimei a ponto de deixar o livro de lado, mas como já tinha passado da metade acabei insistindo.

Em um panorama geral, é um bom livro, mas provavelmente ele poderia ser mais curto, ou ter outras histórias representativas caso o tamanho fosse uma questão importante. Nesse caso, três corujas é mais que o suficiente em uma avaliação.
  
Eu não dava muita coisa por esse livro porque a sinopse não é tão empolgante quanto a gente poderia esperar. Mas resolvi ler mesmo assim, fã de thrillers e suspense como sou. Felizmente, Nancy Pickard conseguiu me surpreender com um enredo instigante, personagens complexos e profundos e um crime que assola uma pequena cidade do Kansas há anos.

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Sinopse:

Há 23 anos um crime abalou a pacata Rose, uma cidadezinha no interior do Kansas. Hugh-Jay Linder, filho de um rico fazendeiro, foi encontrado morto em casa e sua esposa, Laurie, desapareceu, levantando a suspeita de que ela também teria sido assassinada. Ex-empregado da família, o vaqueiro Billy Crosby foi imediatamente detido e logo condenado: um vestido sujo com o sangue de Laurie estava dentro da sua picape e o chapéu dele foi encontrado na cena do crime. Agora o jovem advogado Collin Crosby quer provar que o pai é inocente e que as evidências foram manipuladas por influência da família Linder.


O livro
Cerca de 23 anos atrás, o filho de uma família de fazendeiros já bem tradicional da cidade de Rose, Kansas, os Linder, foi assassinado. Sua esposa Laurie desapareceu e, acredita-se, que esteja também morta. A suspeita recai sobre um conhecido encrenqueiro, chamado Billy Crosby, vaqueiro dos Linder, que foi preso acusado dos crimes, mas que alegava inocência o tempo todo.

O pesadelo da família Linder começa quando o filho de Crosby, advogado, consegue libertar o pai para provar sua inocência. Jody, filha do casal assassinado, entra em pânico quando descobre que Billy estará nas ruas em pouco tempo. Seus tios acharam por bem lhe dar a notícia para que ela estivesse preparada para o caso de encontrar com ele por aí.

Nancy vai e volta no tempo para que possamos conhecer os pais de Jody e como era tenso o casamento dos dois. Sua mãe não agradava muito as pessoas, sendo que ela queria viver no luxo, viajar e gastar, mas que tinha que ficar presa naquela cidade pequena, cuidando de uma filha e de um marido provinciano. Essa personagem chega a irritar pela futilidade, mas foi então que percebi a construção bem feita pela autora para compor uma quase vilã da história.

Nesse vai e volta entre os capítulos percebemos que as pessoas estão começando a acreditar que Crosby é de fato inocente. Jody não pode acreditar naquilo, estão desrespeitando a memória de seus pais! Até o governador pediu a revisão do caso. As pessoas começam a sussurrar que talvez tivesse havido uma injustiça e que um homem inocente poderia estar na cadeia. Como a família de Jody tem mais recursos, começam a sugerir que houvesse manipulação das evidências.

Título original: The Scent of Rain and Lightning
Autora: Nancy Pickard
Ano: 2012
Páginas: 227
Editora: Arqueiro

Avaliação

Os personagens tiveram tempo de se desenvolver nessa trama. Podemos acompanhar muitos de seus revezes e pensamentos. Suas vidas ficaram tão interligadas pelo crime que, mesmo que não queiram, acabam precisando se envolver para desvendar o que houve. E o final me pegou de surpresa, porque somos enganados por Nancy, que nos leva para uma direção e depois nos joga na verdade de maneira surpreendente.

Dias de Chuva e Tempestade não é bem um suspense. Nem um romance. Nem um drama. É um livro sobre pessoas, sobre erros, sobre o passado atormentando o presente. Por isso ele vai e volta nas lembranças dos personagens, levando o leitor por caminhos tortuosos até que chegamos à verdade - e que surpreendente verdade - sobre a morte dos pais de Jody. Procurando um livro que o leve por diferentes rotas, então você achou. Quatro corujas.


Como boa apreciadora de livros com suspense, peguei Sangue na Neve em uma das minhas ressacas de ficção científica. E o enredo realmente espanta, pois Lisa consegue desfiá-lo metodicamente para que você não largue o livro de maneira alguma. Entretanto, nem tudo são rosas.

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Sinopse:

A policial Tessa Leoni matou seu marido, Brian Darby, em legítima defesa. A arma do crime está à vista de todos e os hematomas no corpo de Tessa confirmam a ocorrência. A policial também não fez questão de fugir, ou de arrumar qualquer justificativa para explicar aquele corpo estendido no chão da cozinha, portanto, aparentemente, o que a investigadora D.D.Warren tem à sua frente é o desfecho de uma briga doméstica. Um caso simples.

No entanto, ao abrir o inquérito, D. D. terá uma surpresa: este não é o primeiro homicídio de Tessa Leoni e — afinal — onde está a filhinha de seis anos da policial? Será que a policial Leoni realmente atirou em seu marido para matá-lo? Uma mãe seria capaz de prejudicar intencionalmente sua filha?

D. D. Warren, a experiente detetive que acredita que desvendar um caso é como mergulhar na vida do criminoso, enfrentará mais uma investigação que a levará a uma busca frenética por uma criança desaparecida enquanto tenta encaixar as peças de um mistério familiar que a levará a quebrar os muros do corporativismo policial.


O livro
A detetive D.D. Warren é chamada para um brutal caso de violência doméstica. A policial e patrulheira Tessa Leoni matou o marido, em legítima defesa. Relutante, D.D. se envolve com o caso a pedido de um colega e ex-bofe e ao chegar na casa e avaliar o cenário e o comportamento de Tessa percebe que tem algo estranho. O marido foi morto com a arma de fogo da patrulheira, mas alguém treinada para imobilizar pessoas poderia ter usado o taser que carregava no cinturão. Ela não fez isso.

Além disso, a filha de Tessa, de um relacionamento anterior, estava desaparecida. Tessa precisa ir ao hospital por causa de uma concussão bem feia, mas D.D. está muito desconfiada. Tudo na cena, na vida do casal, tudo parecia muito errado. E Tessa, claramente, esconde algo. O relacionamento dos dois era muito distante para um casal. A casa é fria, sem aquele ar de casa de família e o tempo corre para a criança. D.D. também é obrigada a lidar com o fato de estar grávida e sem saber se quer levar isso adiante, então o caso da menina desaparecida mexe muito com ela.

Acompanhamos os pensamentos e as memórias de Tessa, de como ela conheceu o marido, de como ela foi trabalhar na polícia, a pessoa solitária que ela é, ainda mais sendo uma das poucas mulheres na patrulha. Ela se relaciona pouco com os colegas, mas é muito competente. Até que D.D. descobre um assassinato em sua ficha, quando ela ainda era adolescente, o que desperta ainda mais a desconfiança de D.D., que acaba conseguindo uma prisão preventiva para Tessa. As provas parecem bem conclusivas, Tessa matou a filha e o marido, só falta achar o corpo da menina e a detetive fica cada vez mais irritada com a situação.

Mas lembre-se. Nada aqui é o que parece.

Título original: Love You More
Ano: 2013
Páginas: 416
Editora: Novo Conceito


Avaliação
O enredo é muito bem amarrado e nada aqui é o que parece ser. O leitor é enganado e isso é muito bom, pois você é levado a olhar para um lado e depois para outro e tudo vai acontecendo de maneira tão intensa que você não quer parar de ler. Essa é a parte boa, junto dos personagens complexos que Lisa criou.

Minha crítica fica com a editora Novo Conceito e não é a primeira vez que leio algo dessa editora com erros tão primários como esse. Além de erros de digitação, como "13:17h da madrugada", e de repetição exaustiva de termos, há também os termos não traduzidos para o português e que não fazem o menor sentido. Trooper, por exemplo, que a cada cinco palavras era repetido. Existe uma tradução bem legal para isso que é PATRULHEIRO. Morgue também é algo que tem tradução e se chama NECROTÉRIO.

Se não fossem esses problemas irritantes, o livro teria mais corujas. Mas vai ficar com três por causa do trabalho porco da editora.

Um pretenso casal jovem que não se entende de modo algum. Ele, um projeto de macho alfa porém um típico babaca e ela, uma garota apaixonada que já teve uma grande decepção com o sujeito e várias outras na vida. Esse é um dos clichês do gênero new adult? Sim, mas eu me arrisquei e li do mesmo jeito. E talvez eu devesse ter deixado para mais tarde...

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Como vai? Quer dizer, faz tanto tempo!”
Na verdade, fazia onze meses, uma semana e cinco dias. Mas quem é que estava contando? Não ela.
Jake Titus é rico demais, bonito demais e arrogante demais: qualidades que, anos antes, fizeram Char Lynn viver com ele a melhor noite de sua vida — e em seguida a pior manhã, quando ele a dispensou. Agora terão que se reencontrar no casamento de Kacey, a melhor amiga dos dois. Seria uma situação estranha, mas suportável... Se vovó Nadine não tivesse sido desafiada a uni-los.
Como padrinho e dama de honra dos noivos, Jake e Char têm que passar cada vez mais tempo juntos. Ele é um galinha mimado, e ela é uma garota maluca. Então por que não conseguem resistir um ao outro?
Quando Jake para de se comportar como um babaca e começa a agir como o homem que Char sempre teve esperança de que ele pudesse ser, fica cada vez mais difícil lembrar que ele já a magoou. E agora Jake vê nela tudo que sempre quis — só precisa fazer Char acreditar nisso.
O desafio é a continuação de A aposta, da autora best-seller do New York Times Rachel Van Dyken.

Bom, eu li "A Aposta" durante uma época de hiatus desse blog. Sequer pensei em resenhar na época, e agora estou aqui pensando que, se fosse para resenhar algo, preferia ter feito isso com o primeiro livro. Uma questão de preferência pela sinopse, ou pelo rumo da história em si. Mas vamos por partes:

Em "O Desafio" temos Jake Titus - um babaca mimado projeto de macho-alfa - e Char - uma das conquistas que ele deixou no caminho e que sofre por baixa autoestima, não somente no amor, mas em tudo, principalmente por influência de sua própria família. Ela o ama, mas obviamente ele é um babaca mimado, o que torna as coisas mais difíceis. A proximidade forçada devido ao casamento os coloca em situações bizarras, em especial aquelas provocadas pela vovó mais adorada (e louca) dos new adults, capaz de fazer corar até mesmo os jovens mais abertos aos prazeres da luxúria. Essas situações são bem variadas e capazes de despertar a risada da maioria dos leitores costumazes do gênero. E devo admitir que a autora é muito boa em fazer seu público rir, mesmo quando os acontecimentos são extremamente forçados. Esse potencial cômico é capaz de aliviar muitos problemas que surgem, mas não todos.

Em geral os new adults com os quais tenho mais contato sempre me frustram em algum ponto ou outro. Não que eu me importe em excesso pois quando embarco na leitura de um deles é para limpar a mente e me divertir, mas alguns pontos sempre incomodam. E claro que eu tive meus pontos de incômodo aqui. Em vários momentos a autora simplesmente parecia buscar pretextos que pudessem aumentar o número de páginas. É como assistir uma novela que teve de ser prolongada de repente: os acontecimentos perdem a liga, o interesse acaba fragmentado, a linha de pensamento da história é prejudicado pela entrada de situações que não mereceriam grande destaque ou número de páginas ou capítulos para serem resolvidos. Senti que o livro poderia ter terminado mais cedo sem que algo se perdesse.

Conforme mencionei em parágrafos acima, acho que eu teria gostado mais de resenhar "A Aposta", o primeiro livro. Atribuo isso ao relacionamento do primeiro casal - inclusive, o casamento de "O Desafio" é deles - ser mais saudável aos meus olhos do que o desenvolvimento dos atuais protagonistas. Ok, histórias problemáticas são regras para entretenimento afinal não há trama que se desenvolva sem problema, mas para mim só servem dentro da ficção e não em uma realidade. Em "A Aposta" também ocorreram problemas que retiraram o foco inicial, mas fui capaz de me divertir mais com sua leitura do que em "O Desafio", embora este tenha outros pontos fortes, como o tratamento concedido aos problemas de baixa autoestima de Char e a forma como Jake lidou com esse tipo de situação. Ou a forma que o personagem conseguia superar a babaquice habitual e agir como uma pessoa de verdade.

Avaliação:


Se tem algo que me agrada no trabalho de Rachel Van Dyken é o potencial cômico de sua narrativa. Foi por esse motivo que me diverti em "A Aposta" e pelo mesmo motivo investi em "O Desafio". Infelizmente o retorno não rendeu o que eu esperava. Nada que me faça desistir da autora, mas talvez me faça colocar os próximos trabalhos em posições mais abaixo em uma lista de prioridade na leitura. É divertido, porém descartável, e os pontos fracos surgiram em maior frequência que os pontos fortes então duas corujas é uma cotação razoavelmente boa.



Este romance de Sandra Brown foge dos estereótipos e modelos de seus outros livros apimentados e cheios de suspense. Aqui temos uma história de amor, mas ao mesmo tempo o retrato de uma época de crise no meio oeste dos Estados Unidos.


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Sinopse:

Uma história sobre o amor, o caráter e a compaixão, encenada nos Estados Unidos da época da Grande Depressão. A protagonista é Ella Barron, dona de uma pensão que vive para o trabalho e a criação de Solly, um garotinho fechado em um mundo próprio, que costuma despertar nas pessoa um misto de curiosidade e medo. A chegada de um novo hóspede abala as convicções de Ella, numa trama que trata, com delicadeza e a prosa contagiante de Sandra Brown, de temas como honra, sacrifício, amor e preconceito.


O livro
O ano é 1934. Vários fazendeiros da região onde Ella Barron mora com seu filho sofrem com uma longa estiagem. Por determinação do governo, os rebanhos precisam ser exterminados e os fazendeiros recebem uma ninharia como compensação pelo abate forçado. Ella acompanha todas as tensões que existem na cidade de sua pensão, a antiga casa de seus pais, onde consegue sustentar o filho que é tido como problemático. Na verdade, Solly de 10 anos tem autismo, mas na época ele era só um garoto esquisito, motivo de risos.

Ella, sentindo a recessão batendo na porta, recebe um novo hóspede em sua pensão, seguindo uma recomendação do médico da cidade. David Rainwater (daí o nome do livro), é um homem jovem, distinto e muito educado, que está padecendo de câncer e vai para a pensão passar seus últimos meses de vida. Ele logo se afeiçoa a Solly, dando-lhe a atenção necessária, mesmo que a contragosto de Ella, abandonada pelo marido e muito desconfiada de qualquer homem benfeitor.


Ella, David e alguns fazendeiros se envolvem profundamente na questão do abate e em toda a carne que vai acabar apodrecendo. Assim, eles se ocupam de levar comida para os bairros mais pobres da cidade e assim alimentar a quem precisa. Mas isso não agrada a todo mundo, óbvio. Imagina o disparate de dar comida pra pobre?


Avaliação
Sandra Brown disse que esse livro começou como uma experimentação. Algo que estava na cabeça e que ela precisou sentar pra escrever. Entendo perfeitamente. Quando mostrou para o editor e perguntou o que achava, ele não pensou duas vezes e publicou. Como Água de Chuva é um livro sobre amor e compaixão. Não só um amor e compaixão entre um homem e uma mulher, ambos solitários e embrutecidos pela vida, mas a compaixão pelo outro. Seja uma criança autista, seja uma empregada pobre que passa fome em casa.

A autora foi cuidadosa nas descrições a ponto de fazer o leitor sentir o cheiro da roupa seca pelo sol no varal. É um livro sensível, bonito, com um enredo generoso. Deixo aqui cinco corujas para ele e uma recomendação para você ler também.

Título original: Rainwater
Ano: 2012
Páginas: 232
Editora: Rocco

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