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A Garota da Biblioteca

Bom, digo a você que eu realmente precisava de um livro que me distraísse nesse período de carnaval. Não tive grandes expectativas, mas quando descobri que o e-book "Depois de Você" foi disponibilizado antecipadamente, simplesmente não consegui resistir. E sim, já li. A festa nem começou e já tive minha parte na folia.

Atenção: Esse post tem spoilers tanto deste quanto do primeiro livro, então a leitura é por sua conta e risco. Eu tentei evitar que acontecesse, mas vale o aviso...


Sinopse:
Com mais de 5 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, Como eu era antes de você conta a história do relacionamento entre Will Traynor e Louisa Clark, cujo fim trágico deixou de coração apertado os milhares de fãs da autora Jojo Moyes.

Em "Depois de você", Lou ainda não superou a perda de Will. Morando em um flat em Londres, ela trabalha como garçonete em um pub no aeroporto. Certo dia, após beber muito, Lou cai do terraço. O terrível acidente a obriga voltar para a casa de sua família, mas também a permite conhecer Sam Fielding, um paramédico cujo trabalho é lidar com a vida e a morte, a única pessoa que parece capaz de compreendê-la.

Ao se recuperar, Lou sabe que precisa dar uma guinada na própria história e acaba entrando para um grupo de terapia de luto. Os membros compartilham sabedoria, risadas, frustrações e biscoitos horrorosos, além de a incentivarem a investir em Sam. Tudo parece começar a se encaixar, quando alguém do passado de Will surge e atrapalha os planos de Lou, levando-a a um futuro totalmente diferente.

O livro:

O livro começa mostrando Louisa em seu local de trabalho como garçonete em um pub nada memorável localizado dentro de um aeroporto. Sem objetivos na vida, ela permanece sob o torpor do luto e da indefinição. Após a morte de Will, ela passou ao menos nove meses atordoava com a recém adquirida liberdade, trabalhando em Paris até se desapaixonar pelo local, viajando sem conseguir se sentir bem em qualquer lugar. E seu sentimento de inadequação continuava, independente de quanto tempo se passasse, o que faz com que ela se acomode, sem se sentir seguira ou decidida para tentar algo novo. A bem da verdade, é como se ela não soubesse o que quer ou tivesse a vontade de querer algo. Ela só quer que a dor passe.

Uma noite, ela bebe demais e cai do terraço do prédio onde mora. Esse acidente a obriga a voltar para casa de sua família, onde é alvo de especulação no local devido a sua história com Will e sua participação na realização dos desejos dele. Acima de tudo, o comentário é de que teria tentado suicídio. Cansada dos comentários maldosos, ela decide voltar para o apartamento e seu pai impõe a seguinte condição: ela deve começar a frequentar um grupo para terapia de luto. Ao fim de uma das reuniões ela conhece Sam, um dos paramédicos que ajudou a socorrê-la após a queda. São pequenas mudanças que prometem algo diferente em sua vida, uma forma de seguir em frente, mas tudo muda quando uma pessoa bate a sua porta e faz com que o passado venha novamente a tona da forma mais intensa possível.

Avaliação:

Pelo que li, a autora não tinha intenção de lançar uma continuação, mas foi incentivada pelos leitores, que ficaram curiosos pelo destino de Louisa. E por mais que eu não tenha gostado do pretexto usado por ela para garantir que a história com Will voltasse a tona, eu consegui embarcar no livro. Também não era como se eu tivesse muita expectativa: meu caso era de pura curiosidade.

Consegui embarcar na falta de perspectivas e de esperanças de Louisa e fiquei feliz a cada sinal de que ela estava evoluindo, saindo do embotamento das emoções e finalmente chegando a algum lugar. Descobrindo o amor e ter a sensação de que ela poderia ser o suficiente para quem alguém decidisse ficar. Acima de tudo: que era possível seguir em frente mesmo com o luto.

Como mencionei acima, posso não ter gostado do pretexto que Moyes usou para trazer a história de volta, mas - salvo algumas exceções nas quais houve um tom de 'fanfic' - gostei muito de como ela a conduziu e a encerrou. Se o primeiro livro não foi o suficiente para o apetite do leitor, posso dizer que esse pode saciar bem mais que a curiosidade. 

E gente, esse livro tem um toque feminista que eu realmente adorei! 

Quatro corujinhas!

Este livro foi bem difícil de ler. Tinha assistido ao filme primeiro, chorado horrores e fiquei com bastante medo de pegar o livro. Duas pessoas muito queridas morreram em decorrência do Alzheimer e uma delas teve o mesmo problema de Alice, o Alzheimer de instalação precoce. Ler o livro foi bem diferente de ver o filme, pois aqui nós temos a narração de Alice, estamos em sua cabeça, acompanhando sua vida e convivência com a doença.


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Sinopse:
Alice (no filme, interpretada por Julianne Moore) sempre foi uma mulher de certezas. Professora e pesquisadora bem-sucedida, não havia referência bibliográfica que não guardasse de cor. Alice sempre acreditou que poderia estar no controle, mas nada é para sempre. Perto dos cinqüenta anos, Alice Howland começa a esquecer. No início, coisas sem importância, até que ela se perde na volta para casa. Estresse, provavelmente, talvez a menopausa; nada que um médico não dê jeito. Mas não é o que acontece. Ironicamente, a professora com a memória mais afiada de Harvard é diagnosticada com um caso precoce de mal de Alzheimer, uma doença degenerativa incurável.

Poucas certezas aguardam Alice. Ela terá que se reinventar a cada dia, abrir mão do controle, aprender a se deixar cuidar e conviver com uma única certeza: a de que não será mais a mesma. Enquanto tenta aprender a lidar com as dificuldades, Alice começa a enxergar a si própria, o marido (Alec Baldwin), os filhos (Kate Botsworth, Hunter Parrish e a queridinha de Hollywood, Kirsten Stewart) e o mundo de forma diferente. Um sorriso, a voz, o toque, a calma que a presença de alguém transmite podem devolver uma lembrança – mesmo que por instantes, e ainda que não saiba quem é.


O livro

Alice é uma bem sucedida professora de Harvard. Casada com um também professor, três filhos, sendo que a mais nova é tida como rebelde apenas porque não quer frequentar a faculdade. É uma mulher independente, pesquisadora, que apesar dos percalços da vida, está sempre trabalhando, viajando para encontrar a filha, sendo o suporte para a carreira do marido. Eles moram numa casa muito boa, perto do campus, a vida parece seguir muito bem.

Alice começa a ter esquecimentos estranhos. As palavras fogem. Mas a preocupação realmente a aflige quando sai um dia para correr e se perde. Ela sabia que estava num lugar que conhecia, mas que simplesmente lhe escapava. Alice não conseguia achar o caminho para sair da praça e voltar para casa.

Preocupada, ela procura sua médica usual. Ao procurar na internet por seus sintomas, ela julgou que pudesse ser menopausa. Depois procura um neurologista, que pede todos os exames possíveis. E ele lhe dá um diagnóstico aterrador: ela tem Alzheimer de instalação precoce. O Alzheimer é considerado precoce quando é diagnosticado antes do 65 anos e neste caso ele é sempre hereditário. O médico lhe passa uma série de papéis e regras e faz testes de memória, mas Alice sente como se não conseguisse acreditar que tem Alzheimer.

Ela pensa na filha mais velha, Anna, que está tentando ter filhos e como a doença é hereditária, ela pode acabar não só desenvolvendo, como também passando para as crianças. E agora? Como contar para a família? Sua filha mais nova, a rebelde, já tinha percebido que algo estava errado, mas o marido e os outros filhos, que a viam o tempo todo não.

Acompanhamos a rotina de Alice, as tentativas de dar aulas, que vão piorando cada vez mais. Seus alunos começam a perceber algo errado, especialmente num dia em que ela entra, senta-se, esperando um professor - que era ela mesma! - se levanta e sai. Ela esquece de pegar um voo, vive grudada no celular para não esquecer da vida e enfrenta as dificuldades do marido em aceitar sua doença.

Meus ontens estão desaparecendo e meus amanhãs são incertos. Então, para que eu vivo? Vivo para cada dia. Vivo o presente. Num amanhã próximo. Esquecerei que estive aqui diante de vocês e que fiz este discurso. Mas o simples fato de eu vir a esquecê-lo num amanhã qualquer não significa que hoje eu não tenha vivido cada segundo dele. Esquecerei o hoje. Mas isso não significa que o hoje não tem importância.


Avaliação

De todos os personagens do livro, o que mais me incomodou foi o marido, pois esta é uma reação que acredito que seja geral para muitos sujeitos que sempre tiveram o apoio da família e da esposa para subir na carreira, enquanto ela ficava em casa, de licença, cuidando dos filhos e tendo que parar seus estudos, experimentos e carreira. O marido de Alice trabalha com genética e quer colocá-la em todos os estudos e testes possíveis, como se ela estivesse com um defeito e não com uma doença.

Alice perde as coisas e depois desmonta a casa inteira atrás delas. O marido chega um dia e encontra toda a louça para fora dos armários. Ela procura algo maniacamente e não acha. Na verdade ela estava atrás do celular, que enfiou no freezer. Outro dia, ela entra na casa errada e a vizinha a encontra.

Mas mesmo com todas as provações, Alice consegue criar um grupo de ajuda para pacientes com a mesma doença e estágios iniciais de demência. É muito bonito vê-la tirar forças e ensinamentos sobre a doença para passar para os outros. Mas ao mesmo tempo é triste vê-la tentar se lembrar do nome dos filhos, ou de onde guardou o celular.

Quando eu era criança, uma vizinha cuidava de mim antes de eu ir pra escola, já que minha mãe saía cedo para trabalhar e eu estudava à tarde. Depois que nos mudamos, acabamos perdendo contato, mas um dia minha mãe encontrou o marido dela na rua. E ele disse que ela estava com Alzheimer. Quando a visitamos, pareceu que ela teve um lampejo de consciência ao ver minha mãe, mas já estava na cama, sem conseguir falar, andar, nem comer sozinha.

Ela morreu poucas semanas depois. O marido contou que percebeu algo estranho em um dia em que estava no trabalho e ligaram perguntando por ela. Não sabiam onde ela estava e não tinha chegado ao trabalho, uma escola municipal. Ela se perdeu no caminho para a escola. Não conseguia pegar o ônibus e foi uma vizinha que a viu andando na rodovia.

Foi por isso que esse livro me tocou tão fundo. Cerca de 35,6 milhões de pessoas ao redor do mundo que sofrem da doença de Alzheimer. Mas eu pensei nela, imediatamente. Na senhora cheia de energia que cuidava de mim, na comida saborosa que fazia e nas tardes jogando Atari com o filho dela. Vê-la da forma como vi foi muito difícil.

Título original: Still Alice
Ano: 2009
Páginas: 284
Editora: Nova Fronteira

Recomendo a leitura fortemente para todo mundo. Doença de Alzheimer não acomete somente os idosos, pessoas com cinquenta anos também podem apresentar os sintomas e desenvolvê-la muito cedo. É também uma leitura muito leve apesar do tema. Alice consegue rir da própria situação em vários momentos. Um tema sensível, um livro bem escrito, por isso, cinco corujas.

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