twitter facebook instagram
Tecnologia do Blogger.
  • Home
  • Índice

A Garota da Biblioteca

Em 2016 passei por uma período no qual estive viciada em romances de época. Foi nesse tempo que cheguei a ler cinco ou seis livros seguidos desse gênero e comecei essa série. Agora finalmente posso riscar uma coleção da minha lista de leituras pendentes. Rá! *risca, risca, risca com sensação de dever cumprido.*


Sinopse:Daisy Bowman sempre preferiu um bom livro a qualquer baile. Talvez por isso já esteja na terceira temporada de eventos sociais em Londres sem encontrar um marido. Cansado da solteirice da filha, Thomas Bowman lhe dá um ultimato: se não conseguir arranjar logo um pretendente adequado, ela será forçada a se casar com Matthew Swift, seu braço direito na empresa.
Daisy está horrorizada com a possibilidade de viver para sempre com alguém tão sério e controlador, tão parecido com seu pai. Mas não admitirá a derrota. Com a ajuda de suas amigas, está decidida a se casar com qualquer um, menos o Sr. Swift.
Ela só não contava com o charme inesperado de Matthew nem com a ardente atração que nasce entre os dois. Será que o homem ganancioso de quem se lembrava era apenas fachada e ele na verdade é tão romântico quanto os heróis dos livros que ela lê? Ou, como sua irmã Lillian suspeita, o Sr. Swift é apenas um interesseiro com algum segredo escandaloso muito bem guardado?
Fechando com chave de ouro a série As Quatro Estações do Amor, Escândalos Na Primavera é um presente para os leitores de Lisa Kleypas, que podem ter certeza de uma coisa: embora as estações do ano sempre terminem, a amizade desse quarteto de amigas é eterna.

O Livro


Como mencionado na sinopse, o livro gira em torno de Daisy Bowman, no momento sendo pressionada pelo pai a se casar de qualquer maneira. Isso porque seu pai, Thomas Bowman, considera as temporadas de eventos sociais na Inglaterra como desperdício de recursos uma vez que a filha não encontra algum pretendente aristocrata mesmo em sua terceira temporada nos eventos sociais de Londres. Seus planos incluem Matthew Swift, braço direito na empresa e a quem trata como filho. Na prática Bowman, não se sente ligado aos seus próprios filhos, considerando faltar a eles traços como ambição e determinação. Essa situação é um pouco pior com Daisy, com quem ele menos se identifica. Nesse passo, o casamento representa uma forma de Daisy ser útil a sua família, caso contrário, ela se torna uma parasita.

Daisy, conforme o esperado, detesta a ideia pois enxerga Swift como uma cópia de seu pai - frio e ambicioso - e totalmente subserviente as ordens do seu chefe. Além disso, o rapaz sequer tem traços ou características atraentes. A memória de Daisy a seu respeito é de "um saco de ossos", por exemplo. Suas amigas se unem para tentar encontrar outra alternativa, qualquer outro pretendente. Ela só não contava que Swift estivesse muito mudado, muito menos que o rapaz nutrisse sentimentos por ela. Obviamente existe um segredo envolvido, mas sabe quando não é lá essas coisas? Até ocupa algo na segunda metade do livro, mas não chega a representar algo tão importante assim. O livro preza por simplicidade no enredo, sem a menor vergonha. Devo muito agradecer a esse respeito, aliás.

Avaliação:

Antes de tudo, devo informar que "As Quatro Estações" não foi uma série tão interessante assim. Li enquanto estive no vício dos romances de época e interessada no trabalho da autora (gostei muito de "Os Hathaways" e pensei nas leituras dos livros de Lisa Kleypas como um investimento seguro, por assim dizer). O primeiro livro não me interessou muito, mas acabei lendo o segundo e as coisas foram acontecendo. Mesmo quando saí do vício acabei continuando a leitura de maneira burocrática, e agora acho seguro dizer que esse foi um dos livros mais interessantes da série, pelo menos para mim.

O volume se concentra no desenvolvimento da relação entre os dois personagens. Tem um pouco de humor e também de simplicidade. Ok, existe um segredo - aliás alardeado na sinopse - mas estamos falando de algo menor e explorado somente bem mais tarde, perto do fim do livro. Isso dá ao casal um desenrolar de romance sem muito para atrapalhar. As amigas sequer fazem grandes aparições, mesmo em uma coleção cuja temática oferece (ou deveria oferecer) mais que o romance, mas também a amizade. E embora ação seja um componente quase sempre interessante em livros históricos, gostei muito da simplicidade da história.

Apesar disso fiquei um pouco decepcionada com o desenrolar do livro em geral. Esperava um pouco mais do pai de Daisy. Minha pressa em ler "Escândalos na Primavera" definitivamente não foi por ser uma fã da coleação, mas pelo que encontrei na amostra do primeiro capítulo do livro, disponível no terceiro volume da quadrilogia, onde o personagem foi explorado de uma forma interessante:
– Pensei que você desejaria ser útil para alguém – rugiu Bowman. Sempre fora da natureza dele combater a rebeldia com uma força esmagadora. – Pensei que desejaria um marido e um lar em vez de continuar vivendo como uma parasita.
Daisy se encolheu como se ele a tivesse estapeado.
– Não sou uma parasita.
– Não? Então me explique como o mundo se beneficiou com sua presença. O que você já fez para alguém?

Esperei mais nesse ponto. Talvez pai e filha se entendendo de alguma forma, talvez ele pedindo desculpas ou ao menos lamentasse pelas palavras ditas no início do livro.  Foi um pouco triste ver seu seu papel sendo não foi muito mais que reclamar e esbravejar. Eu teria ficado mais interessada caso algo diferente acontecesse nesse ponto. Ou ao menos que essa fala pudesse ser mais explorada no desenvolvimento de Daisy.

Outra coisa me incomodou: acabei perdendo brevemente a noção da época na qual a história se passava. Em um dado momento, é citado o ano de 1937 (quando a referência deveria ser o pânico de 1837). Já em outro temos a menção a um evento em comemoração aos 280 anos do nascimento de Shakespeare. Não é um erro de digitação capaz de incomodar um leitor acostumado a passar direto em certas coisas - normalmente sou assim, mas não foi o caso dessa vez.

Ainda tendo em mente minhas leituras dos trabalhos de Lisa Kleypas ainda gosto mais de "Os Hatthaways" pelo menos no quesito romance histórico. Não resenhei todos os livros de "As Quatro Estações" aqui no blog, mas durante a leitura da coleção senti que o humor não era o forte, soava muitas vezes forçado e cansativo como um todo, mas diante do cenário completo posso dizer que a quadrilogia teve um bom encerramento.

Três corujinhas, se for pensar em um panorama geral do livro.



Iniciando o Desafio Literário 2017 proposto pela Sybylla, acabei fuçando meu Kindle em busca de livros que se encaixassem nas categorias propostas. Foi quando me lembrei de “Precisamos de Novos Nomes” esperando pacientemente em meio a um monte de coleções no dispositivo. Hora perfeita para começar o desafio, não? Então acabei escolhendo essa obra para o quesito "livro com personagem não branco".


Sinopse:
NoViolet Bulawayo nasceu em 1981, no Zimbábue, e fez parte da primeira geração nascida depois da independência oficial do país. Sua infância se passou, portanto, sob um clima de confiança, estabilidade e esperança. Muito diferente do cenário em que vivem Darling, Bastard, Chipo, Godknows, Sbho e Stina, as crianças com nomes peculiares que figuram em Precisamos de novos nomes, seu romance de estreia.
Essas crianças a cada dia tentam fugir de Paraíso, o aglomerado de barracos de zinco onde elas e suas famílias vivem desde que suas antigas casas foram demolidas violentamente a mando do governo. As fugas são para perto, para Budapeste, o bairro vizinho onde roubam as goiabas do quintal das casas das famílias brancas e ricas, ou ainda com as brincadeiras que criam para se distrair do cotidiano entediante sem escola nem comida: fingem procurar Bin Laden para ganhar a recompensa do governo americano; criam um jogo em que os países mais poderosos invadem os países menores. As fugas acontecem também quando sentem um misto de vergonha e empolgação ao se aglomerarem ao redor dos carros das ongs que lhes trazem presentes e roupas inadequadas.
Mas é a vida de Darling, a protagonista-narradora, que o romance acompanha. A menina de dez anos que conhecemos em suas brincadeiras no Paraíso, sonha com o dia em que morará na América. Esse dia finalmente chega e Darling terá de enfrentar o frio, a saudade de sua família e de seus amigos e a adaptação nesse país que nunca vai se tornar o seu país de fato, mas que mudará seu sotaque, moldará o olhar do mundo e a afastará, irremediavelmente, de sua terra natal.
Precisamos de novos nomes é um romance de formação, cuja protagonista ao mesmo tempo precisa enfrentar as novidades da adolescência e da vida adulta que chega e se adaptar a uma terra onde sempre será estrangeira.
Os assassinatos políticos, o estupro, o charlatanismo de alguns religiosos, a aids, a fome, enfim, tudo aquilo que a imprensa ocidental reafirma a respeito dos países africanos estão neste livro, mas muito distintamente contada por uma voz ao mesmo tempo cruel e inocente, a voz de uma criança sensível, esperta e sonhadora.

O Livro:

Narrado em 1ª pessoa, o leitor contempla o mundo com os olhos de Darling, que começa a história com cerca de 10 anos. Seu cotidiano revela um cenário muito longe de uma infância idílica: em plena crise interna, seu país está a beira de um colapso, a pobreza é generalizada, tal como a violência: um companheiro indesejável, porém próximo em todos os sentidos. O ar chega a estar carregado e basta um mínimo ato para que todo o frágil equilíbrio se desfaça e o caos seja a única certeza.

Em meio a todo esse turbilhão, Darling e seus amigos roubam goiabas, procuram brincadeiras para passar o tempo e, de uma certa forma, esquecer o passado e o cenário de incertezas que os cercam, seja nos grandes acontecimentos ou mesmo nos atos de violência que parecem menores em comparação com o retrato desses tempos. Seus olhos contemplam tudo e narram de uma maneira tão crua e inocente que chega a ser desconcertante. Sabe a ideia da honestidade infantil a toda prova? É o que temos aqui.

O tempo passa e, com o colapso iminente tomando conta de seu país, a menina é enviada aos Estados Unidos para morar com a tia – o chamado "sonho americano", tão antigo e ainda tão atual. Uma vez que ela deixa o seu lar, podemos acompanhar seu crescimento. Sua voz narrativa amadurece aos poucos, bem como sua percepção de mundo. Com isso nos deparamos com alguns sentimentos típicos de imigrantes: pequenas peças que compõem um quebra-cabeças complexo, um cenário muito ambíguo: a diferença entre o sonho e a realidade, a saudade de casa e o sentimento de inadequação e de não pertencer a nenhum dos dois lugares. Ou seja: situações emocionalmente conflitantes somados ainda aos desafios já habituais de adolescência e juventude.

Avaliação:


Confesso que tive algumas dificuldades e precisei de algum tempo para pensar sobre o livro e também a respeito do que escreveria. A voz da infância de Darling é fácil de ler, e visualizar mesmo o que está nas entrelinhas. O problema é quando o seu tom começa a mudar a medida em que o tempo passa após sua chegada aos Estados Unidos. Não sobre sua adolescência, mas sua juventude, quando ela começa a discorrer mais sobre a saudade de casa, as diferenças culturais e o cotidiano de dificuldades de quem é imigrante ilegal, não apenas oriundo de países da África, mas também de outros locais, em especial falando da despersonalização e na invisibilidade ao qual essas pessoas se obrigam a viver para permanecer no que ela chama de prisão, nesse caso, uma prisão escolhida:


“Não voltávamos para nossa terra para visitar porque não tínhamos os documentos para nosso retorno, então fícavamos, sabendo que se fôssemos não poderíamos entrar de novo na América. Ficávamos, como prisioneiros, só que escolhemos ser prisioneiros e adorávamos nossa prisão; não era uma prisão ruim. E como as coisas só pioravam no nosso país, apertávamos ainda mais os nossos grilhões e dizíamos, Não vamos embora da América, não, não vamos embora”

O meu problema está longe de ser a escrita ou qualquer coisa nesse sentido. Meu desconforto foi sentir a voz da personagem soando tão envelhecida a ponto de fazer o leitor pensar em uma passagem brusca de tempo na qual Darling pudesse ter constituído família e até chegado a meia idade. Um tom que muda no capítulo seguinte e ganha mais jovialidade, sendo mais próximo da idade da personagem, destoando do que parecia ser a proposta. 

Não que essa parte do livro tenha sido ruim – longe disso, afinal muitas das reflexões mais interessantes sobre imigração e saudades de casa estavam ali – mas o capítulo parecia fora do lugar e fez a história perder a sensação de continuidade, quase transformando o livro em uma obra sobre pequenos relatos, algo parecido com contos, mas talvez organizado sem muito cuidado. Como se cortasse o clima e a atmosfera anterior. Por vezes o que veio depois disso soou arrastado e tedioso. Sobre esses trechos, cheguei a pensar que talvez os capítulos estivessem fora de ordem na criação do ebook. Para ser sincera, ainda sou capaz de crer nessa hipótese. 

Também tive alguns problemas com o final do livro, sobre o ponto no qual ele é interrompido. Foi algo abrupto e que fazia sentido para a história, embora obviamente isso não o torne menos desconfortável. Talvez outros recursos fossem mais interessantes nesse ponto.

Ok, não é um livro grande: menos de 300 páginas. Ele abarca vários itens sem grande profundidade - ato esse responsável pela maior parte das críticas sobre a obra no Goodreads. Mas pelo menos para mim a sua densidade é revelado de uma forma diferente. Denso na crueza, na honestidade, na inocência e na ingenuidade. É um livro sobre resiliência, saudades e referências. Também é um livro sobre sentimento de não pertencer, seja a América ou em sua própria terra natal e, acima de tudo, sobre recomeços.

Outro ponto importante: as temáticas soam tão próximas que é inevitável fazer a comparação com Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie. Evitar esse tipo de comparação injusta foi uma das minhas maiores dificuldades. Quem tentar fazer esse tipo de experiência sem dúvida considerará "Precisamos de Novos Nomes" como um livro ao qual falta profundidade, mas na prática temos elementos diferentes em jogo. Ifemelu era uma mulher feita, com experiência acadêmica e que um cenário com mais oportunidades, enquanto Darling teve a vida virada pelo avesso muito cedo, passando pelas experiências de uma maneira muito crua e intensa sem a mesma maturidade. Entende o quanto a comparação é injusta?

De qualquer modo terminei o livro pensando que Ifemelu e Darling poderiam ser boas amigas. Mesmo com muitas diferenças, cada uma com suas vivências, experiências e personalidades, tive a sensação de que elas se completam de alguma maneira.

Darling é uma personagem incrível em todos os sentidos, com seus conflitos e suas reflexões. Seu olhar sobre o mundo – seja o de Paraíso, Budapeste ou sobre a América – é capaz de fazer o leitor rir, sentir-se desconfortável e até mesmo ir as lágrimas. Isso me faz considerar a autora sendo muito habilidosa no uso da narrativa em 1ª pessoa, recurso do qual francamente não gosto. Isso é o suficiente para me fazer ter curiosidade em ler mais livros de NoViolet Bulawayo.

Pensando nos itens anteriores, talvez minha avaliação fosse de três corujas e meia, mas vou arredondar para quatro corujinhas e sem medo de ser feliz.


Já faz algum tempo que sinto uma certa curiosidade pelo trabalho de Elena Ferrante. Os volumes da tetralogia napolitana (ou sei lá como se chama) vem sendo muito comentados e elogiados entre leitores, sem contar ainda o mistério que envolveu sua identidade. Como eu tenho uma resolução pessoal de não me envolver em trilogias ou coleções sem que todos estejam publicados, acabei optando por um livro avulso e finalmente dar o pontapé inicial (infelizmente não tão bem sucedido assim, pelo menos no meu caso).



Sinopse:“As coisas mais difíceis de falar são as que nós mesmos não conseguimos entender.” Com essa afirmação ao mesmo tempo simples e desconcertante Elena Ferrante logo alerta os leitores: preparem-se, pois verdades dolorosas estão prestes a ser reveladas.
Lançado originalmente em 2006 e ainda inédito no Brasil, o terceiro romance da autora que se consagrou por sua série napolitana acompanha os sentimentos conflitantes de uma professora universitária de meia-idade, Leda, que, aliviada depois de as filhas já crescidas se mudarem para o Canadá com o pai, decide tirar férias no litoral sul da Itália. Logo nos primeiros dias na praia, ela volta toda a sua atenção para uma ruidosa família de napolitanos, em especial para Nina, a jovem mãe de uma menininha chamada Elena que sempre está acompanhada de sua boneca. Cercada pelos parentes autoritários e imersa nos cuidados com a filha, Nina parece perfeitamente à vontade no papel de mãe e faz Leda se lembrar de si mesma quando jovem e cheia de expectativas. A aproximação das duas, no entanto, desencadeia em Leda uma enxurrada de lembranças da própria vida — e de segredos que ela nunca conseguiu revelar a ninguém.

O livro:

Escrito em 1ª pessoa, acompanhamos toda a trama pelo olhar de Leda, o que pode ser desconfortável para alguns leitores. As lembranças, percepções e inquietações da protagonista dificilmente são consideradas compreensíveis, em especial no tocante a ideia idílica de maternidade. 

Não que o livro aparente ser algo destinado a tocar no assunto da decepção com a qual muitas mulheres se deparam diante de um retrato diferente do comercial de margarina. Não é um livro que pretenda ter um toque feminista. É apenas o fato de que Leda não tem filtros. Ela buscava ser diferente, buscava ser independente e muitas vezes 'não se encaixava' nos papéis em que se envolveu, como o de esposa e mãe. Papéis que se revelaram como empecilhos para sua personalidade e seus desejos. Sua mente é revelada sem a menor cerimônia para o leitor. Ela é crua e brutalmente honesta a respeito de tudo. 

Seus pensamentos a respeito de suas filhas, as lembranças a respeito de sua família e seus atos são dissecados e desenvolvidos como se fossem considerações daquelas de todos os dias, a respeito de um livro ou um programa de TV. Isso torna muito fácil a ideia de citá-la como egocêntrica. Pega mal que você exponha certos pensamentos e isso a coloca diretamente na berlinda, em especial quando todas são desenvolvidas de maneira tão franca. Ou pior: quando seus pensamentos várias vezes se concretizaram em atos que muitos não perderiam tempo em condenar. 

Já a trama que a induz? A família que ela observa? Não rende muita coisa, pelo menos não mais que o pontapé para suas reflexões e alguns vôos de sua imaginação.

Avaliação:  

Francamente? Acabei decepcionada se pensar em um panorama geral. Gostei da escrita considerava a personagem intrigante e estava curiosa pelo desenrolar da história - mesmo não gostando do ponto de partida para a situação. O problema foi notar que não faltava muito para o fim do livro e as coisas ainda estavam naquele pé: foi o suficiente para me fazer perder as esperanças. O fim foi algo abrupto, sem muito sentido, sem qualquer resolução. Algo... WTF, talvez? 

Confesso que não entendi o hype que o livro teve sendo alvo de tantas resenhas elogiosas no Skoob. Gosto da escrita ágil e convidativa (aliás, convidativa o suficiente para continuar buscando mais trabalhos da autora), gosto da honestidade de Leda, e isso se contrapõe a minha decepção, equilibrando um pouco a balança na hora de avaliar. Eu me irritei muito com ela, mas não cheguei a odiar a personagem como muitos fizeram. De um certo modo pude ser grata pelo desconforto: a ideia de estar no lugar de outra pessoa e enxergar o mundo de uma maneira que pode não ter muito a ver com a sua pode ser enriquecedora (também é o que faz os livros enriquecedores, de uma certa forma). A ideia é interessante, mas o desenrolar do livro e o que deveria ser o atrativo não rendeu.

Três corujinhas e mais disposição para ler outros livros da autora, ok?


Textos novos
Textos antigos

Quem?


A Garota da Biblioteca

Amor pelos livros, admiração pela cultura inútil e tendências ao burnout.

Arquivos

  • ►  2021 (2)
    • ►  dezembro 2021 (1)
    • ►  janeiro 2021 (1)
  • ►  2020 (2)
    • ►  novembro 2020 (1)
    • ►  setembro 2020 (1)
  • ▼  2017 (3)
    • ▼  janeiro 2017 (3)
      • Resenha: Escândalos na Primavera, de Lisa Kleypas
      • Resenha: Precisamos de Novos Nomes, de NoViolet Bu...
      • Resenha: A Filha Perdida, de Elena Ferrante
  • ►  2016 (15)
    • ►  dezembro 2016 (3)
    • ►  outubro 2016 (1)
    • ►  agosto 2016 (1)
    • ►  julho 2016 (2)
    • ►  junho 2016 (1)
    • ►  março 2016 (1)
    • ►  fevereiro 2016 (2)
    • ►  janeiro 2016 (4)
  • ►  2015 (41)
    • ►  dezembro 2015 (9)
    • ►  novembro 2015 (1)
    • ►  outubro 2015 (2)
    • ►  setembro 2015 (1)
    • ►  agosto 2015 (6)
    • ►  julho 2015 (9)
    • ►  junho 2015 (7)
    • ►  maio 2015 (2)
    • ►  abril 2015 (3)
    • ►  março 2015 (1)
  • ►  2014 (32)
    • ►  dezembro 2014 (1)
    • ►  abril 2014 (5)
    • ►  março 2014 (8)
    • ►  fevereiro 2014 (6)
    • ►  janeiro 2014 (12)
  • ►  2013 (19)
    • ►  dezembro 2013 (8)
    • ►  julho 2013 (2)
    • ►  maio 2013 (6)
    • ►  abril 2013 (1)
    • ►  fevereiro 2013 (2)
  • ►  2012 (2)
    • ►  outubro 2012 (1)
    • ►  agosto 2012 (1)

Classificação das resenhas

Sensacional!
Sensacional!

Muito bom!
Muito bom!

Só OK
Só OK

Já li melhores
Já li melhores...

Horrível
Horrível.

Categorias

(Quase) Diário de uma leitora biografia Cabine Literária clássico Desafio Literário 2017 E-reader Esquisitices ficção Jane Austen Kindle Manu Não Ficção Podcast Resenhas romance romance histórico suspense Sybylla TAG terror

Leitores

Visualizações

Criado com por beautytemplates. Personalizado por Sybylla.