Resenha: A Garota Que Você Deixou Para Trás, de Jojo Moyes

by - segunda-feira, janeiro 27, 2014

Durante os últimos dias, a leitura tem sido como uma maratona para mim. Quando percebo, noto que estou lendo um livro atrás do outro e isso me desgasta, porque é bem fácil ultrapassar os limites especialmente quando você tem métodos suficientes para driblar a questão do horário (maldito Kindle Paperwhite e sua luz interna salvadora). E foi nesse embalo que eu li A garota que você deixou para trás de Jojo Moyes:


A Garota que Você Deixou para Trás - Jojo Moyes
Editora Intríseca - 384 páginas.
Durante a Primeira Guerra Mundial, o jovem pintor francês Édouard Lefèvre é obrigado a se separar de sua esposa, Sophie, para lutar no front. Vivendo com os irmãos e os sobrinhos em sua pequena cidade natal, agora ocupada pelos soldados alemães, Sophie apega-se às lembranças do marido admirando um retrato seu pintado por Édouard. Quando o quadro chama a atenção do novo comandante alemão, Sophie arrisca tudo — a família, a reputação e a vida — na esperança de rever Édouard, agora prisioneiro de guerra. Quase um século depois, na Londres dos anos 2000, a jovem viúva Liv Halston mora sozinha numa moderna casa com paredes de vidro. Ocupando lugar de destaque, um retrato de uma bela jovem, presente do seu marido pouco antes de sua morte prematura, a mantém ligada ao passado. Quando Liv finalmente parece disposta a voltar à vida, um encontro inesperado vai revelar o verdadeiro valor daquela pintura e sua tumultuada trajetória. Ao mergulhar na história da garota do quadro, Liv vê, mais uma vez, sua própria vida virar de cabeça para baixo. Tecido com habilidade, A garota que você deixou para trás alterna momentos tristes e alegres, sem descuidar dos meandros das grandes histórias de amor e da delicadeza dos finais felizes.

O livro é dividido em dois tempos distintos e tipos narrativos, alternando a narração em 1ª pessoa, na voz de Sophie, e a 3ª, para seguir a história de Liv. Não sou muito chegada a esses capítulos em vozes alternadas , mas a escolha faz sentido, visto o contexto em que a história se dá, onde a única (ou quase) que pode narrar por Sophie é ela mesma, enquanto o que diz respeito a Liv e a sua luta pelo quadro, deve ser narrado em tom concreto, sem grandes dúvidas para o leitor.

Dito isso, devo mencionar algo surpreendente (pelo menos em se tratando de mim): senti empatia pela maioria dos personagens especialmente por Sophie. Foi uma das poucas vezes que uma narrativa em primeira pessoa me fisga a ponto de me embalar em uma história, pude imaginar e vivenciar o ambiente e seus gestos de uma maneira palpável e isso é o auge de um leitor. No caso de Liv, tive momentos de oscilação em minha empatia - há passagens onde ela fica realmente insuportável. - mas, ainda assim, o saldo é positivo. E isso é um ALÍVIO tendo em vista que tenho me tornado um ser intolerante com a burrice crônica de alguns personagens, mas posso ter paciência dependendo do contexto de suas histórias.

Outro ponto interessante é que se trata de um livro cheio de reviravoltas. Posso até  ousar dizer que esse é tão movimentado quanto livros da Lucinda Riley (acredite: se eu estou usando essa autora como parâmetro, o negócio vai longe.) só que neste caso, com uma melhor qualidade, pelo menos na minha opinião.

Com relação ao seu trabalho anterior, não há grandes semelhanças no tipo de texto usado em "Como eu era antes de você" e "A garota que você deixou para trás". Nem era de se esperar algo parecido, afinal são histórias e contextos bem diferentes, embora a comparação seja inevitável nesse sentido: a editora seguiu o padrão da capa de "Como eu era antes de você" para lançar o novo livro. Levando a semelhança dos títulos em consideração e sem olhar a sinopse, dá  até para pensar que se trata de um livro sequência.

Enfim, se você gosta de romance e uma pitada de drama, esse livro pode ser uma excelente pedida. Apesar de serem 384 páginas, elas vão passar bem rápido.

Quatro corujas!

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